quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quero um tempo,

um tempo pra nós dois...
mas um tempo para que fiquemos juntos,
e assim ir além dos nossos sonhos.
pois eu sonho com a vida,
e minha vida só é perfeita com você!
-BHF-

sábado, 19 de novembro de 2011

William Shakespeare.

Há quem diga que todas as noites são de sonhos. 
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. 
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Riick Paglioni

Uma vez perguntei: O que é mais importante, ser amado ou amar?
E me responderam: O que é mais importante para um pássaro, a asa esquerda ou a direita?

domingo, 13 de novembro de 2011

Caio Fernando Abreu


“Não, ela não era tola. Mas como quem não desiste de anjos, fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas e happy ends cinderelescos, ela queria acreditar.”

Caio Fernando Abreu
“Não, ela não era tola. Mas como quem não desiste de anjos, fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas e happy ends cinderelescos, ela queria acreditar.”
Caio Fernando Abreu

Para se roubar um coração.

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
…e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
… e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém… é simples…
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
(Luís Fernando Veríssimo)

Cecília Meireles

De longe te hei de amar- da tranquila 
distância em que o amor é saudade
 e o desejo, constância.

Mário Quintana

Tenho que arrumar um jeito,

de fazer com que meu coração entre em acordo com a razão e caia na real. -BHF-

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Yellow- Coldplay.

Amarela

Olhe pras estrelas,
Olhe como elas brilham por você,
E por tudo o que você faz,
Sim, elas eram todas amarelas.

Eu progredi,
Eu escrevi uma canção para você,
E tudo que você faz,
E ela chamei de "amarela".

Então eu esperei minha vez,
Oh que coisa para se fazer,
E era tudo amarelo.

Sua pele,
Oh sim, sua pele e ossos,
Transformaram-se em algo bonito,
Você sabe?
Você sabe que eu te amo tanto,
Você sabe que eu te amo tanto.

Eu atravessei o oceano,
Eu superei barreiras por você,
Oh que coisa a se fazer,
Pois você estava toda amarela.

Eu tracei uma linha, (estabeleci um limite)
Eu tracei a linha por você,
Oh que coisa a se fazer,
E ela era toda amarela.

Sua pele,
Oh sim, sua pele e ossos,
Transformaram-se em algo bonito,
Você sabe?
Por você eu daria todo o meu sangue,
Por você eu daria todo o meu sangue.

É verdade, olhe como elas brilham para você
Olhe como elas brilham para você
Olhe como elas brilham para...

Olhe como elas brilham por você,
Olhe como elas brilham por você,
Olhe como elas brilham...

Olhe para as estrelas,
Olhe como elas brilham para você,
E todas as coisas que você faz.



Lição de vida.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Confesso-lhes, ontem, eu fumei.

Um maço, dois, mentira, um único cigarro. Ele me pareceu tão grande e demorado. Eu precisava, precisava encher o pulmão de alguma coisa desconhecida, alguma coisa que não fossem borboletas inquietas e ousadas querendo saltar do estômago. Precisava tanto transparecer em algum canto, sentir alguma coisa entre os dedos, só para saber como é o sentimento de posse. Precisava sentir alguma coisa entre os dedos finos e compridos, sentir que havia algo ali e que não estava só. O cheiro ruim grudou na minha roupa, não preciso de ninguém me vendo, me sentindo, me beijando ou me tocando.
Eu chorei, e ninguém ouviu. A lua desapareceu do meus olhos, e num descuido minh’alma se foi pra distante. Os corpos celestes mais formosos ainda sorriam. Continuo me apoiando no escuro do meu quarto, soluçando em choro, e fraquejando a voz aos céus. Não suportei ouvir nada além do meu timbre tenebroso e escandaloso na minha cabeça. Eu queria gritar. Mas, não podia. Eu me canso fácil, tu sabes, sabes também desse meu medo imenso da solidão. Tenho medo de estar completamente só. Não de ser. ”Eu preciso colocar essa blusa p’ra lavar…” E agora? E agora de vale esse meu pulmão transbordando uma fumaça fétida? Eu precisei, eu disse…  Não brigue comigo. Como se você se importasse se eu fico mais bonita ou não, com um cigarro entre os dedos. A única coisa que deveria estar entre meus dedos é você.
Mas agora faz silêncio, para minha alma adormecer dentro do seu pensamento. Essa bala atravessou meu peito, num tiro certo. O paraíso me recusa por ser assim, tão inconstante e estúpida. Choremos. E deixemos que o dia amanhã nasça um pouco mais branco do que preto.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cachos Familiares - Luiz Ruffato.

Cachos Familiares

         Manuela tinha 82 anos. Morava com suas quatro filhas no interior paulista.
         Participava de grupos de dança, jogava cartas com as amigas, passeava diariamente com sua bolsa preta a tiracolo.
Circulava o batom nos lábios finos para flertar com as sombras dos muros brancos. Já estava viúva, mas não cansada de si.
         Apertava os olhos quando faceira, lançando o pescoço para trás como Ava Gardner. Seu rosto era uma correspondência aberta a vapor de chaleira. Delicado, confidente.
         Mas ela morreu por causa das bananas. Morreu de bananas. É a morte-banana que pode atingir todos os octogenários.
         Não é pra rir. Sua morte não foi patética. Esclareço com pesar.
         Conhecida no bairro pela preservação do salto em qualquer caminhada, vasculhava a feira em ruazinha de sua cidade, às terças. Cumprimentava os feirantes com o aceno leve de cabeça, como se estivesse começando uma dança de salão.
         Deslizava pela calçada, arrebatada talvez pelo sol esverdeado ou pelo cheiro de manjericão se abrindo úmido nas mesas; é mesmo sutil a felicidade, raro diagnosticar sua origem, emerge com fúria de um som ou cheiro de uma lembrança. A felicidade é frágil, nem pensamos muito nela para não perdê-la.
         Naquela manhã, ela não comprou um cacho de bananas como de costume. Comprou três dúzias. Encheu sua sacola de bananas. Voluptuosas, amarelas, listradas. Exagerou, mas pensou que as frutas amadureciam em semanas diferentes, que faria uma torta, um doce.
         Não previu que estava se matando.
         Ao chegar em casa, suas meninas um tanto mulheres se prontificaram a ajudá-la com a sacola. Correram ao portão.
         - Mãe, que pesado, o que trouxe?
         - O que é isso mãe?
         - Mãe, para que 36 bananas?
         - Isso não é normal, mãe.
         Mãe, você caducou? Dá pra montar uma banca.
         Ela mexia os ombros, envergonhada com o julgamento.
         O inocente tem ares culpados. O inocente não ensaia, é pego desprevenido. O inocente tem aparência muito mais criminosa do que um culpado.
         As filhas se reuniram na janta e decidiram que atitude de Manuela extrapolara anormalidade, um disparate, infelizmente estava ficando gagá.
         E duvidaram de cada evocação dali por diante, de cada frase de Manuela, da imaginação de Manuela. Toda conversa isolada é a de um louco.
         Questionaram seu domínio, sua independência, confirmaram fatos e datas para confundi-la.
         Um velho não pode cometer exuberâncias, saciar desejos de grávida, vontades altissonantes e esquisitas. Só o jovem. Se o velho supera a medida, já é visto como doente. Esclerosado.
         E não mais permitiram Manuela sair, brincar com as amigas, suspenderam suas atividades pela suspeita de doideira. O tribunal familiar é o único que ainda usa o confinamento.
         A proteger, sufoca. Ao cuidar, enfraquece.
         Os prisioneiros do amor nunca serão soltos.
         Ela não viu sentido em revidar, entregou-se lentamente ao sofá. Vidrada na televisão. No aquário de seu vestido floreado. Morreu em seguida de amargura.
         Morreu porque comprou duas dúzias de bananas. E tinha 82 anos.


Luiz Ruffato.

domingo, 6 de novembro de 2011

Machado de Assis.

Para as rosas, escreveu alguém, o jardineiro é eterno.

 

:)

Esse tempo com você,

foi tão bom...
que o seu cheiro está em tudo, 
até mesmo nos meus cabelos...

Joseph Addison

O sol é para as flores o que os sorrisos são para a humanidade.

Clarice Lispector.

Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, 
sarcasmo, preguiça e [agora] sono.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

MQ.

'Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...

Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar...


Vinícius de Moraes.

Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não


Minha namorada.

Se você quer ser minha namorada
Ai, que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exactamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarzinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porquê
E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sopra!

Necessito de uma brisa, de um vento que balance o cabelo, sabe,
 aquele que carrega tudo pra longe e que ao mesmo tempo traz tudo pra bem perto.

Amor tinha que ser eterno!